Conexão do casal faz toda diferença durante o trabalho de parto

Ao observar a relação da grávida com seu acompanhante durante as consultas de pré-natal, posso afirmar que a sintonia entre eles faz toda diferença durante a evolução do parto.

Se o acompanhante escolhido participa das consultas de pré-natal, faz perguntas, conversa com a mulher sobre o assunto, desmistifica o parto e constrói uma caminho com ela, as chances de saírem satisfeitos aumenta consideravelmente.

Isso porque as consultas são grandes oportunidades para eliminar medos que rondam o parto.

A cultura da cesárea no Brasil faz com que muitas pacientes ainda cheguem com medo da dor, da sua reação durante o trabalho de parto e sobre o que ocorrerá naquele momento.

Um acompanhante desinformado pode acabar com o parto de sua mulher.

Mas se ambos estiverem abastecidos de informação sobre o que pode ocorrer durante o nascimento do bebê, entenderão que a dor não tem ligação alguma com o sofrimento. Ela faz parte do processo de transformação da mulher em mãe.

Um acompanhante inserido nesse contexto faz com que essa maratona seja mais leve. Ele entende que a mulher precisa parir em paz, reconhece seu importante papel de suporte e encorajamento à mulher.

Outro ponto importante é que o marido é um liberador natural de ocitocina durante o parto: abraçando a mulher, beijando-a, dando as mãos ou fazendo carinho. Tudo contribui. Até fazer silêncio, se esse for o desejo dela.

Uma mulher que tem um acompanhante ativo chega muito mais segura ao parto. Um marido bem informado e conectado à mulher entende o trabalho de parto como algo natural, sabe que não há nada de errado e que tanto a mulher como o bebê, se bem monitorados, estão seguros.

Vale lembrar que esse acompanhante não precisa ser o marido. Pode ser a mãe, irmã, amiga ou companheira.

O mais importante é chegar ao momento do parto munido de informações que permitirão à mulher ser protagonista de um dos eventos mais importantes de sua vida.

Foto | Bia Takata