Quais os segredos da placenta?
A história da placenta começa junto com o bebê, lá na fecundação, do processo de divisão celular para a formação do ser humano parte se torna placenta, a qual é geneticamente idêntica ao bebê.
“Nada é perfeitamente igual à você, exceto sua placenta”
Placenta é um órgão que seleciona e transportar as substâncias necessárias para o desenvolvimento do bebê.
Dentre as suas funções estão: o transporte de gases, funcionando como o pulmão do bebê intrauterino, barreira contra substâncias nocivas, produção de hormônios e o transporte de nutrientes.
Uma alimentação saudável durante a gestação contribui para manter a placenta com um bom desenvolvimento. O consumo de Vitamina E (encontrada nas castanhas) auxiliam na formação de glóbulos vermelhos, Vitamina K (encontrada em espinafre e orégano) previne hemorragia na gestação e doenças hemorrágicas do bebê, Vitamina C ( encontrada em laranja, goiaba, acerola) colabora para a formação das paredes celulares dos vasos sanguíneas e das membranas amnióticas.
Após o nascimento do bebê, tem o nascimento da placenta, e é fundamental lembrar que o parto só acaba quando ela nasce. Por isso, manter o ambiente do parto é importantíssimo, com luzes baixas, contato pele a pele, incentivo à amamentação, são métodos que ajudam a manter os níveis de ocitocina altos no organismo da mulher. O clampeamento tardio do cordão umbilical é uma recomendação do Ministério da Saúde, Estudos baseado em evidencias comprovam que existem benefícios à saúde da criança e da mulher, diminuindo os riscos de morte e anemia.
Respeitar o parar de pulsar do cordão e o nascimento da placenta antes de realizar o corte do cordão umbilical é um tempo essencial para o bebê assimilar que nasceu e conseguir se despedir da placenta.
“Antes de realizar o corte do cordão, peça permissão ao bebê e diga gratidão à placenta.”
Algumas culturas praticam o Parto de Lótus, é um ritual no qual o Clampeamento é realizado de forma natural, não é realizado o corte do cordão umbilical, o bebê fica ligado à placenta até que o cordão fique completamente seco e caia, este processo dura em torno de 3 a 5 dias, durante estes dias a placenta fica em uma vasilha com elementos simbólicos para a família. Existe também a opção do Parto de Semi-Lotus, consiste na espera de pelo menos 3 horas do nascimento para realizar o Clampeamento do cordão umbilical.
Outro hábito comum em algumas culturas é a placentofagia, que é o consumo da placenta pela mãe após o nascimento. Nela contêm nutrientes como o ferro e vitaminas, além disso, já foi comprovado que possui mais de 17 tipos de hormônios, dentre eles estão, ocitocina e prolactina, os quais auxiliam na involução uterina, diminuição de hemorragia puerperal e auxilio na produção de leite materno.
Existem diversas formas do consumo da placenta, pode ser feito imediatamente após o parto com um pequeno pedaço da placenta cru batido com frutas da preferencia da mulher, como um shake. Porém, a ingestão da placenta crua causa estranhamento e receios para muitas mulheres. Entretanto, pode ser consumida através de cápsulas. Recentemente, a Universidade de Nevada dos EUA, divulgou uma pesquisa randomizada que mostra que as concentrações médias de ferro foram consideravelmente mais altas na placenta encapsulada em comparação com o placebo bovino encapsulado.
Seu preparo é inspirado na técnica da Medicina Tradicional Chinesa, que consiste em vaporização. desidratação, trituração e encapsulamento. A Segredos da Placenta trabalha com o método raw, no qual a placenta não passa pelo processo de vaporização, com o intuito de preservar ainda mais as propriedades contidas nela
Os benefícios das cápsulas de placenta incluem: Diminuição da intensidade do “baby blues e depressão pós parto”. É usada na Medicina Tradicional Chinesa para suporte da lactação e diminuição da fadiga. É considerada grande fonte de vitaminas e minerais para o pós parto, principalmente o ferro. Aumenta a produção do leite materno. Possuem validade de 2 anos, se manter refrigeradas.
Além das cápsulas, pode ser feito também Tintura Mãe, que pode ser utilizada por muitas mulheres como um ‘floral pessoal’, que a ajuda resgatar equilíbrio físico e emocional em fases de pós parto, menstruação, menopausa, etc. A tintura possui a essência da mulher como geradora e nutriz, e portanto tem a capacidade de ‘reativar’ esse potencial de auto cura na mulher, como um resgate de sua força e poder. Para o bebê, a tintura também pode ser benéfica, sendo oferecida diluída em água em momentos de transição e de enfermidades. A placenta contém a essência de nossa origem, e assim ativa nossa força, estabilidade e segurança. Por não ter prazo de validade poderá ser utilizado pelos “donos” da placenta até que seu conteúdo acabe, podendo chegar até a sua fase adulta.
Para quem não quiser praticar a placentofagia, porém guardar a placenta de recordação, como o carimbo de placenta e o filtro dos sonhos com o cordão umbilical. Muito comum já entre as doulas fazer o “carimbo da placenta” com seu próprio sangue no momento final do parto, para valorizar ainda mais a recordação desse órgão fundamental para a constituição do ser e tão cheio de energia vital, é feita uma pintura com a tinta aquarela sobre o carimbo original, buscando cores, formas e elementos que harmonizem e reconte a história daquele nascimento.
Filtro dos sonhos é um amuleto típico da cultura indígena norte americana que teria o poder de purificar as energias, separando os “sonhos negativos” dos “sonhos positivos”, além de trazer sabedoria e sorte para quem o possui. Tecido com linhas coloridas e elementos diversos (penas, cristais e afins). Pode ser realizado com o cordão umbilical, trazendo todo este simbolismo junto com a recordação do nascimento do bebê. Os-Segredos-da-Placenta-04.
Estes trabalhos são realizados pela Segredos da Placenta, duas Placenteras, Raquel Carvalho (Obstetriz) e Pâmella Souza (Doula), trabalham com o resgate e preservação da ancestralidade feminina e buscando somar à estes saberes embasamento científico, técnicas e cuidados de biossegurança, mas acima de tudo inspiradas pelo amor às mulheres, à natureza, e pela intuição que permeia esse trabalho.
“A placenta é o único órgão que fora do corpo representa a vida!”
Foto | Bia Takata